A Casa em Turquel II encontra-se inserida num loteamento cujas regras condicionam em muito as propostas arquitetónicas: não só definem um polígono de implantação central que faz com que o terreno em volta das construções seja residual, como prevêm para garagem uma pequena edificação no canto do lote cujas dimensões impedem que a garagem “cruze” com a casa (ou seja, o acesso é sempre feito pelo exterior).
Neste caso concreto o pedido consistia numa habitação térrea, com piscina, potencialmente para investimento, com um acabamento exterior que fosse resistente ao envelhecimento. Previu-se por isso uma construção em “U” de betão aparente, em cujo centro se localiza a piscina de modo a garantir a sua privacidade, dado que o quarto nascente, na face onde se realiza o acesso ao lote e à entrada da casa, ter a dupla valência também como escritório (onde acederiam também pessoas estranhas à família).
No entanto, dada a intenção do proprietário de revender a construção, previu-se o crescimento desta, de modo a explorar a área de construção permitida pelo loteamento: neste contexto, adicionar-se ia um piso ao térreo preexistente, com três quartos (um deles em suite) cujo acesso se faria através de uma escada a implantar na sala, junto do envidraçado posterior. Dado o aumento do número de quartos, esta mesma sala seria ampliada para o quarto adjacente, tornando-se maior e mais desafogada, de modo a acomodar a totalidade dos mebros da família acrescida.
